17 julho, 2016

Estado de espírito

Hoje sou puro amor. Ele transborda quando eu acordo e permanece até a hora que vou dormir.

16 julho, 2016

Abrir espaço na mente

Faz do teu pensar espaço infinito de conhecimento.

23 julho, 2014

Para eu me apaixonar por você

[...]Acontece quando você é desses caras que tá de bem com a vida e consigo, mas não precisa esfregar na cara de tudo e de todos isso. Eu me apaixono quando eu vejo que você cuida de mim, sem invadir meu espaço. Se preocupa comigo, mas não me faz sentir uma incapaz. Eu gosto quando você é gentil, pega na minha mão, me olha nos olhos, me abraça.

Se você for inteligente, eu me apaixono. Mas não precisa querer me mostrar o quanto você é inteligente o tempo todo. Eu vou perceber isso quando conversarmos. Aliás, eu me apaixono se você gostar de conversar, e gostar de ouvir.

Olha, vou contar que eu tenho uma queda grande se você tiver um desses talentos bonitinhos, do tipo saber cozinhar ou tocar violão. E gostar de ficar fazendo companhia, durante horas, fazendo um carinho bom… E eu não vou me importar se seu perfume é de marca ou não.. eu gosto de sentir o cheiro da sua pele mesmo… Se eu gostar do cheiro da sua pele, se nossa pele combinar, te garanto, eu serei capaz de me arrepiar inteira apenas com o nosso toque.

Eu vou gostar se você me surpreender. Mas nada exagerado. Não quero que você demonstre em público com declarações cheias de potenciais micos. Me surpreende trazendo o meu suco de uva favorito, ou me levar pra jantar naquele restaurante que eu adoro.

Eu não quero saber se você vai me dar presentes caros, ou pagar sozinho a conta. Aliás, entendo o pagar a conta como uma gentileza. Não sou dessas neuróticas que quer mostrar que sou independente de qualquer homem e que entende isso como uma ofensa. Mas isso não vai me fazer ficar apaixonada por você. E se você quiser dividir, eu também não vejo problema nenhum. Agora, se você se importa com outras coisas, se demonstra que tem interesse em mim, de saber quem eu sou ou da onde vim, e quer dividir essas coisas comigo também, olha, eu posso gostar de você.

Se o nosso papo flui, se a gente conversa, e gosta da companhia um do outro… se o beijo encaixa, se na cama encaixa, se no gosto encaixa… Se você me admira, e não me vê nem acima, nem abaixo de você, se você valoriza minhas qualidades que vão além de um rosto bonitinho ou de um par de peitos e uma bunda, olha moço, eu tenho grandes possibilidades de me apaixonar por você… Se você me olha nos olhos, me abraça apertado, me faz rir e quer dividir sua intimidade comigo, você me encanta… Se você me pega pra dançar, me beija na testa… Se me puxa de repente e me arranca um beijo… Mostra respeito mas não esquece do tesão, olha, você tá no caminho certo.

No jeito que você me olha eu sou capaz de perceber se me acha linda, se me acha gostosa. Então me olha, me admira. Repara em cada pedacinho de mim.

E cuida. Dá atenção. Me faz rir. Me arranca gargalhadas. Eu adoro quem faz isso. Não concorda com tudo que eu digo, me contesta. Mostra que você pensa sob outro ponto de vista também. Me mostra que a vida é mais que isso que eu penso. Me ajuda a enxergar coisas novas, vou fazer isso com você também. Me manda uma mensagem no meio do dia dizendo que pensou em mim porque viu algo que eu gosto muito ou porque sentiu saudades. Diz pra eu ficar bem quando nos despedirmos. Me abraça. Diz que não vê a hora de me ver de novo.

Saiba, que o que vai me fazer apaixonar por você, não é o que você tem, não é o seu corpo, não são suas “conquistas invejáveis”. O que vai me fazer ficar apaixonada é quem você é, é o que você pensa, e como você me trata. É como estamos em sintonia e como me sinto bem simplesmente por estar ao seu lado.

- Ninho de Mafagafas

17 julho, 2014

O amor é lindo, é mágico, é transformador e muda a vida da gente.

Se ainda me lêem...

Amor de verdade muda a vida da gente. Reconstrói, incendeia, engrandece. Eu compro o maior clichê da humanidade e sou a primeira a bater no peito e dizer isso em alto e bom tom para quem quiser ouvir. Mas diferente de todos os outros textos que já escrevi, este especificamente, não é uma ode ao amor em si. É uma leitura direta e racional do que existe por trás do sentimento mais sublime que existe no mundo. O amor é absurdamente transformador, no entanto ele sozinho, infelizmente não consegue fazer milagre. Para um relacionamento realmente dar certo, um monte de outros sentimentos sólidos precisam amparar a base desta parceria. A fundação da casa é muito mais importante do que o telhado colonial ou a maçaneta importada da porta. Porque quando o primeiro furacão balançar as estruturas deste abrigo, só permanecem de pé os abraços muito bem fundamentados. Colocando por terra a maior ilusão da vida da gente, o amor, só o amor, por maior e mais verdadeiro que ele seja, lamentavelmente não sustenta relacionamento de ninguém.

O que eu conheço de casais que se apegam a esta fantasia definitivamente não está no roteiro. Eu mesma quando era mais jovem adorava justificar a permanência em relacionamentos doentios com o bordão: “mas eu sou apaixonada por ele”. O amor era sempre o “mas” entre a vírgula e o ponto final. E esse “amor” me martirizava cada vez que eu tentava pular fora de uma parceria que simplesmente não cabia na minha vivência. Independente das incompatibilidades, do descaso, do desrespeito, da falta de companheirismo, enquanto houvesse amor, existiria uma solução (assim eu pensava). Acontece que, dia após dia, eu aprendi friamente com as mágoas, as dores, os retrocessos emocionais que amor não era isso. Que estar em um relacionamento era muito mais do que estar apaixonada pelo cara do meu lado.

Parceria saudável é igualzinho receita de bolo. O amor é o toque final que faz a massa transbordar doçura mesmo debaixo de um calor de 180 oC. O amor é a motivação. É o ímpeto que te faz sair de casa de madrugada para pedir desculpas depois de uma briga, o motivo pelo qual você coloca a timidez de lado e chama a garota para sair, a razão pela qual você decide em primeira mão abrir a porta da sua vida para um relacionamento em si. É o início e o fim de tudo, mas só amor sozinho não suporta o durante. A paciência, a cumplicidade, o respeito, a compreensão, o discernimento, o timing e um monte de sentimentos que na maioria das vezes são subjugados dentro de uma relação é que sustentam a travessia. Se qualquer um destes quesitos falha no seu propósito de construção de um alicerce sólido, o relacionamento acaba. Acaba porque você olha nos olhos do outro e não reconhece mais a essência daquela parceria. Acaba, porque o amor vira orquestra de um apego só, que nada mais faz do que ecoar um verbo solto no meio de um teatro vazio.

A gente presta tanta atenção no grosso da palavra amor, que se esquece das mensagens subliminares escondidas nas entrelinhas daquele parágrafo. Não basta amar até o último fio de cabelo e não respeitar o momento do outro, alimentar ciúmes descontrolados, possessividade, intolerância e um bocado de pequenas feridas que acabam por matar o cerne da união. O amor é lindo, é mágico, é transformador e muda a vida da gente. Muda, nem que seja pra gente entender que ficar sozinho em determinada instância é melhor do que permanecer naquele enredo. Nem que seja pra olhar pra trás e assumir que amou sim, perdidamente, mas que foi necessário fechar aquela porta porque os caminhos infelizmente não conseguiram se encaixar no presente do outro.

Não estou minimizando a força do sentimento mais potente e corajoso que existe no universo. Ele vai dar as caras quando você pensar em sair, ele vai frear a palavra no momento da fúria, ele vai te encher de coragem para reformular as versões de si que não se enquadram mais naquela travessia, para então tentar de novo. Contudo, mesmo o mais resiliente dos amores precisa de uma boa retaguarda para enfrentar a batalha diária que é sustentar um relacionamento saudável. O amor quando pede licença em uma morada precisa de paz e aconchego para conseguir se instalar. Ele só é tudo em uma relação quando amparado por um berço de sentimentos cuidadosamente moldado. Fora isso ele deixa de ser motivação, para ser um mero ocupante dos espaços vazios dentro do coração da gente. Melhor dizer adeus com um olhar recheado do amor mais lindo do mundo, do que ficar e deixar esse olhar morrer de inanição. Amor sozinho não sustenta uma relação, mas bem abraçado, ele resplandece com a graça e a doçura de um pássaro em voo: aquele que fica por livre arbítrio e não porque se sente aprisionado.

CSV

09 julho, 2013

Desconsertada

E tem vezes que as coisas não vão mesmo. Não vão bem, não vão pra frente - nem pra trás, nem pra nenhum lado. Isso agonia, não posso dizer o contrário, mas é o processo natural da espera e do amadurecimento de cada um ter de lidar com estas situações, que independem das vontades e desejos.
É a involuntariedade da vida nos dando um "sossega"da forma mais cordial (ou não) que ela pode oferecer.
Sempre fui um estilo bicho-solto, sem muitas coleiras e cercas - sempre - e as atuais estão me deixando tristes, em diversos momentos, e esta não sou eu.
Retirar o foco das situações, em certos momentos, me foi confortável por diversas vezes, porém isto só atrasa ainda mais o fato de que "resolver, é preciso". Confesso que o atraso é culpa minha, essa mania de persistência, de ir ao limite em todos os assuntos que me dizem respeito ou que no mínimo me interessam é complicado, não só para mim.
Neste ponto já posso afirmar que algumas coisas já estão organizadas, aqui dentro. Só preciso, agora, organizar aqui fora.

01 julho, 2013

Do passado. Caixa eterna de poeira.

“Voltamos para o estágio inicial. Troca de olhares, alguns cumprimentos, nada muito agressivo, tudo sem intenção, apenas seguindo a ordem de como estranhos tornam-se amigos. Seguindo um roteiro com diálogos prontos. Não ousamos sair do script, seria muito pra gente. Passamos para desconhecidos, meras pessoas que nunca tiveram uma intimidade, uma historia, um quase nós. A vida deu um giro e mudou a ordem, o destino, nos propôs novos caminhos. Estava em nossas mãos a decisão, aceitamos como se nada pudesse ser feito para evitar esse final. Assim ficamos, como estranhos que já se amaram um dia, que se desejaram, que sonharam. Mas que não eram pra ser um nós, não por muito tempo. Foi apenas um singelo encontro, uma interação de sensações. Nada que a vida permita acontecer novamente.”
— Vivificare.

02 março, 2013

Um sim e não, com talvez e quiçá, que nem eu entendo.

Você já se imaginou, assim, daqui alguns anos? Por exemplo, com 25 anos... ou melhor, 30? Me imagino. 
Acredito fielmente que há algo que está muito errado. Estou andando reto numa estrada, mas antes de estar nela tive de decidir, entre direita ou esquerda. Há dúvidas se não escolhi o lado errado, ou a maneira certa de caminhar. Será que estou andando muito rápido, ou muito devagar?
Definitivamente o que mais sei fazer hoje é me perguntar.
Mas é que... enquanto eu me pergunto, eu reflito, e enquanto eu penso me sinto viva. Preciso disso e para mim é vital, necessito me sentir assim.
Enquanto não me decido e não tomo uma postura frente aos fatos as coisas ficam assim, sendo sem ser, acontecendo sem existir. Sentimento de agonia consome, e a certeza existencial torna-se insegurança. Estabilidade rara, deixa de existir. Fico totalmente vulnerável, em estado precário de defesas.
Um sim e não, com talvez e quiçá, que nem eu entendo.